Vazante dos rios amazônicos segue intensa e preocupa interior do AM

Foto: Divulgação

11/08/2025, segunda-feira

A vazante dos principais rios amazônicos segue em curso nesta segunda-feira (4), com recuos significativos registrados em cidades como Manaus, Tabatinga, Itacoatiara e Porto Velho. Os dados são da Superintendência Estadual de Navegação, Portos e Hidrovias (SNPH), vinculada ao Governo do Amazonas. Na capital, o Rio Negro apresentou uma descida de 11 centímetros nos últimos três dias, atingindo a cota de 28,38 metros acima do nível do mar. Apesar do recuo, o nível atual está acima do registrado em 2023 e 2024 no mesmo período, quando o rio se encontrava nas cotas de 26,51 m e 24,73 m, respectivamente. Ainda assim, o processo de vazante preocupa pela intensidade com que ocorre em parte do estado.

Em Tabatinga, no extremo oeste do Amazonas, o Rio Solimões registrou uma queda expressiva de 51 centímetros nos últimos três dias, com a cota atual marcada em 6,10 metros. Em Itacoatiara, o Rio Amazonas vazou 9 centímetros no mesmo intervalo, alcançando o nível de 13,75 metros.

A situação é ainda mais crítica em Porto Velho, capital de Rondônia, onde o Rio Madeira desceu 64 centímetros, chegando à cota de 4,77 metros — um recuo significativo que pode comprometer a navegação e o abastecimento das comunidades ribeirinhas. A comparação histórica do nível do Rio Negro em Manaus também evidencia o impacto da estiagem. Em 2021, por exemplo, a cota era de 28,72 metros no dia 4 de agosto, com vazante de 6 cm. Já em 2024, a cota caiu drasticamente para 24,73 m, com uma vazante de 13 cm naquele mesmo dia. As autoridades estaduais monitoram o comportamento dos rios e alertam para os riscos que a estiagem prolongada pode trazer à navegação, ao transporte de mercadorias e ao abastecimento de água. Comunidades do interior já enfrentam dificuldades logísticas em razão dos rios mais rasos. A expectativa é que, nas próximas semanas, a intensidade da vazante comece a diminuir, mas o quadro atual reforça o alerta para um segundo semestre ainda marcado por desafios relacionados ao regime hidrológico da região.

Fonte: Portal Marcos Santos

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