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25/05/2025, reprodução internet
Especialistas definiram um novo parâmetro para a classificação da hipertensão arterial, condição conhecida popularmente como pressão alta. A atualização, resultado de um consenso entre as principais entidades cardiológicas da Argentina, altera o valor considerado como limite seguro da pressão arterial em adultos, com o objetivo de fortalecer a prevenção de doenças cardiovasculares como infarto e AVC, responsáveis por grande parte das mortes prematuras.
Durante muito tempo, considerou-se aceitável que pessoas com hipertensão mantivessem a pressão arterial em até 14 por 9 (140/90 mmHg). No entanto, novos estudos clínicos e dados epidemiológicos indicaram que esse limite não oferece proteção adequada. Agora, o valor recomendado foi reduzido para 13 por 8 (130/80 mmHg).
Apesar de parecer pequena, essa redução representa um impacto significativo na prevenção de complicações cardiovasculares. De acordo com os especialistas, a adoção dos novos limites pode evitar cerca de 15% dos casos de infarto e até 18% dos acidentes vasculares cerebrais.
A revisão dos parâmetros levou em conta o caráter silencioso e cumulativo da hipertensão, uma condição que, na maioria das vezes, não apresenta sintomas visíveis. Isso contribui para que muitos casos permaneçam sem diagnóstico e tratamento. Estima-se que apenas 40% dos hipertensos tenham conhecimento de sua condição e, entre eles, apenas uma parte recebe o tratamento adequado.
Essa negligência tem custado vidas, já que a hipertensão está relacionada a problemas graves como falência renal, derrame cerebral e ataques cardíacos. A prevenção, nesse contexto, começa pela detecção precoce — medir a pressão regularmente, inclusive em consultas de rotina, é fundamental.
Além disso, manter hábitos saudáveis, como alimentação equilibrada, redução do consumo de sal, prática regular de exercícios e abandono do cigarro, são medidas essenciais para prevenir e controlar a hipertensão. A adesão correta ao tratamento médico também é indispensável.
A nova diretriz, ao estabelecer limites mais rigorosos, traz desafios para médicos e pacientes, mas aponta uma oportunidade concreta de reduzir os impactos das doenças cardiovasculares. Uma pressão ideal mais baixa pode ser decisiva para uma população mais saudável e longeva.
Fonte: Tribuna União
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